Finalmente, o novo documentário sobre o Mod Father Paul Weller, intitulado "One" (2015) está disponível para visualização. O filme, dirigido por Andy Croft - que é tecladista de Weller, e também vocalista e guitarrista da banda The Moons -, captura um ano da turnê atual de Weller com sua banda pela América do Norte, Reino Unido e Japão, promovendo o álbum Saturn's Pattern. Além disso, conta com entrevistas, e raras cenas de bastidores.
O documentário também estará disponível por todo o mês de Janeiro. É um presentão!
Ainda que estejamos na reta final de 2015, temos novidades fresquinhas de bandas bacanas que já passaram pela Bandas Novas, para as quais vale o registro.
Os italianos do The Mads nos entregam mais um registro contendo covers de clássicos dos 1960s (depois dos EPs "Four By The Mads", "The Mads in Soul" lançados respectivamente em agosto/2014 e julho/2015). O novo EP contém seis faixas e é intitulado "The Mads a Go Go", podendo ser ouvido no Soudcloud ou no Bandcamp da banda [na segunda plataforma é possível fazer download gratuitamente deste e de todos os outros registros do grupo].
Um dos grandes conjuntos influenciados pelo universo estético 1960s, os franceses do French Boutik estão com um compacto simples para ser lançado em breve, contendo as ótimas faixas "Le Mac" e "Hitch a Ride", as quais debutaram mundialmente através das edições de 15 de dezembro do Maximum, Rythim & Booze (novo programa do pessoal do extinto We Are The Mods!) e de 17 de dezembro do [sempre incrível] Punk In Parkas.
Nesta postagem de hoje lhes apresento o The Wicked Whispers, grupo oriundo diretamente da terra dos Fab Four e do Mersey Beat. Entretanto, o grupo tem um som extremamente influenciado pelo psicodelia sessentista da Costa Oeste dos Estados Unidos (west is the best). Formado por Michael Murphy (voz e guitarra),
Toby Virgo (baixo e vocais), Andrew Smith (guitarra), Steven Penn (órgão) e
Nathan Sayer (bateria), a banda já lançou um EP, dois compactos simples e um álbum cheio há pouco mais de um ano e quatro meses, são eles: "The Dark Delights Of The Wicked Whispers" [2011], "Dandelion Eyes" [2012], "Voodoo Moon" [2013] e "Maps Of The Mystic" [2014], sendo que todos os registros saíram pelo selo independente Electone Records.
Ainda que o grupo não tenha disponibilizado todo o material online, é possível ouvir alguns dos singles no soundcloud da banda e no canal do youtube do selo.
Pela primeira vez na Bandas Novas, voltaremos nossos ouvidos para o Oriente! O grupo que focalizo hoje é o The Karovas Milkshake, o qual é oriundo da cidade de Ekaterinburg na Rússia. As informações na web relativas à formação da banda são praticamente nulas, contudo, o que sei é que após o primeiro registro o baixista original (Artem Slepushkin, o qual certamente é parente do guitarrista Seva) deixou a banda, fazendo com o que o então baterista, Albert, assumisse o instrumento, e, depois do segundo EP, o conjunto passou de um trio para um quarteto, incorporando mais uma guitarra, o que, ao mesmo tempo que preencheu mais o som da banda, sobretudo ao vivo, possibilitou o uso mais frequente de outros instrumentos como o saz. Deste modo, o conjunto atualmente conta com a seguinte formação: Albert Krupp (baixo, órgão, percussão, voz); Seva Slepushkin (guitarra, saz, voz); Nick The Kick (bateria, percussão, vocais) e Sasha glushkov (guitarra e vocais).
A discografia é composta por dois compactos duplos, Low-Cow-Motion [2010] e Freak Out Factory [2012], e o recente álbum In The Shade of the Purple Sun [2015]. Todos os registros são possíveis de serem ouvidos tanto no Soundcloud, como no Bandcamp do grupo (no último é possível adquirir as músicas em formato digital).
A sonoridade do Karovas Milkshake, inicialmente, se equilibrava entre o som garage/beat 'nuggets' e foi caminhando em direção a uma psicodelia mais acentuada, como é possível encontrar no álbum lançado neste ano de 2015 (valendo salientar que será lançado em LP pela Groovie Records, fantástico selo português!), o qual possui um cardápio variado de instrumentos e temas (riffs saturados, música em francês, pirações envolvendo carnaval, zumbis, Godiva, sol roxo e tortas de maçã). Enfim, recomendo que ouçam todas as 'fases' do catálogo da banda.
O nome deste post do BuzzFeed originalmente é (em livre tradução do inglês) "28 fotos de mulheres em subculturas perdidas de Londres". Bem, eu realmente tenho que discordar deste título: tendências são cíclicas, não precisa ser nenhum trendhunter ou estudante de moda e estilo para confirmar isso, pois são gritantes as influências de várias décadas que temos na moda atual (se estivermos falando estritamente de moda e suas tendências). Subculturas não se perdem, são híbridas, não tão influentes ou não compartilhadas por um grande grupo (se estivermos falando de subculturas dentro dos Estudos Culturais). Enfim, acho que vocês captaram mais ou meno o que quero dizer. Penso que nada disso se perdeu, ganhou atualizações ou é híbrido e cambiável.
Anita Corbin, entre 1980 e 1981, fotografou mulheres pertencentes à subculturas em Londres. Em sua introdução à esta série de fotos, Anita escreve: "Neste projeto eu voltei mais minha atenção aos detalhes pessoais e cada vez mais me interessei no efeito que aparências possuem na vida de todo mundo. O jeito que usamos um vestido como forma de comunicação/identificação e como ambos podem nos informar e nos deixar mal informados. Eu escolhi me focar nas garotas, não porque os meninos (que estavam presentes) fossem menos estilosos, mas porque garotas em "subculturas" têm sido largamente ignoradas ou quando referenciadas, são apenas apêndices masculinos".
E, claro, se você por algum acaso conhece ou é uma das mulheres retratadas nas fotografias, pode enviar um e-mail para info@1stwomenuk.co.uk ou acessar o site do 1st Women Uk.
Nesta postagem trataremos de mais uma banda que não se encaixaria completamente na categoria banda nova, uma vez que o conjunto foi formado em 1994. Contudo, por esta ser uma descoberta recente para mim e a banda ter lançado no final de julho/2015 um par de temas que farão parte de um álbum novo (o qual levará o título de "Mouseland"), eis esse post sobre a banda espanhola Octubre. A atual formação do grupo conta com: José Esteban (voz e guitarra),
Ángel (guitarra e teclado),
Dele (contrabaixo e vocais),
J. Ángel (bateria) e Leandro (guitarra, teclado e vocais). E a discografia se resume a três álbuns cheios: “Mi última y mejor oportunidad” (2001) [Bip Bip Records], “Cuando todo parecía perdido” (2006) [Rock Indiana] e “Todo se lo lleva el viento” (2010) [Rock Indiana]; e um EP: "Todo pasa y no volverá" (2002) [Bip Bip Records], além de diversas participações em coletâneas. Em 2007, inclusive, lançaram no Brasil um slipt-single com a banda Volver, iniciativa capitaneada pela Senhor F.
O som poderia ser definido como uma mistura de powerpop, com belas melodias, bons arranjos vocais e guitarras posicionadas a frente de tudo. Um fato a ser colocado como ponto alto é de que as (boas) letras são todas cantadas em espanhol.
O recém graduado pela Universidade de Wales, Owen Harvey tem um baita olho para subculturas. Neste projeto intitulado Mod UK, que o fotógrafo vem desenvolvendo desde 2012, Harvey mostra as novas faces da Mod Culture. Multipremiado, o fotógrafo parece até que viajou no tempo para capturar essas imagens cheias do groove e da essência do Modernismo.
Mais do trabalho do fotógrafo pode ser conhecido no seu site oficial.
A ligação de Roderick David Stewart com a cena Mod é inegável, afinal não
é qualquer um que poderia receber a alcunha de “The Mod”, o que é o caso de Rod
“The Mod” Stewart.
Aproveitando que o cantor britânico estará em terras brasileiras nos próximos
dias 17 (Curitiba), 19 (São Paulo) e 20 (Rio de Janeiro) de setembro, após um show
no Hyde Park em Londres a ser realizado no domingo agora (13/09/2015) em que
promete desfilar seus grandes hits, vale registrarmos os vários lançamentos recentes
envolvendo a obra do músico.
Após um tempo sem registrar composições próprias inéditas, em outubro Rod
lançará o álbum “Another Country”.
Porém, o que realmente enfatizarei nesta postagem são dois relançamentos.
O primeiro decorre da recente reunião dos Faces remanescentes (Rod, Ronnie Wood
e Kenney Jones) para um show beneficente em Surrey/Inglaterra e se trata da caixa
“You Can Make Me Dance,
Sing or Anything... (1970-1975)” lançada em agosto último pela Rhino e que reúne
os quatro
álbuns de estúdio da banda, mais um disco compilando singles. O mais bacana é
que é possível adquirir a caixa contendo os discos no formato vinil.
- Para relembrar a formação original em ação no
lendário Marquee Club, em dezembro de 1970 -
Além disso, neste dia 11 de setembro de 2015, a Universal está também
relançando em CD os cinco primeiros discos solo da carreira do Rod, são eles: “An Old Raincoat Won't Ever Let You Down”
(1969), “Gasoline Alley” (1970), “Every Picture Tells A Story” (1971), “Never A Dull Moment” (1972) e “Smiler” (1974).
Nesta época, havia uma certa confusão entre os discos
dos Faces e os discos solo do Rod, tanto por serem lançados concomitantemente, como
pelo fato de que os membros dos Faces gravaram diversos dos temas presentes nestes
cinco primeiros álbuns lançados pelo Rod. Basicamente, todos os registros
apostam em uma mescla de boas cover com composições próprias, apresentando rock,
R&B, soul, folk e até country como principais gêneros musicais. Fazendo
comentários panorâmicos acerca de cada um dos álbuns:
O primeiro deles, curiosamente fora renomeado ao ser
lançado do outro lado atlântico, sendo comercializado sob o título de “The Rod Stewart Album”,
pois a gravadora entendia que o título original era demasiadamente inglês e não
seria compreendido pelo público estadunidense. As faixas que eu destacaria são:
“An Old Raincoat Won't Ever Let You Down” (blues rock dos bons) e “I Wouldn't
Ever Change a Thing” (bela linha de piano), ambas as composições do próprio Rod,
e a cover “Handbags & Gladrags" (soul marcando presença), composição de
Mike D’Abo, vocalista do Manfred Mann.
“Gasoline Alley”
já indicia o que estaria por vir no ano seguinte. Neste álbum todos os
integrantes do Faces participaram de pelo menos uma faixa (para constar, Ron
Wood e Ian McLagan tocaram em todas). Para mim, as faixas mais bacanas são: a
própria faixa-título, “Gasoline Alley” (composta pela dupla Rod Stewart/Ron Wood
e que faz um casamento interessante entre a linha de guitarra e os versos
cantados), e as covers “My Way of Giving” (com Ronnie Lane nos vocais e baixo e
os outros Small Faces também tocam), “Cut Across Shorty” (de autoria de Wayne
P. Walker, Marijohn Wilkin e que tem uma levada eletrizante de bateria) e “You're
My Girl (I Don't Want to Discuss It)" (um rock and roll bravo e suingado composto
pelo trio Dick Cooper, Beth Beatty e Ernie Shelby).
"Every
Picture Tells a Story" é O disco. Além de um baita sucesso comercial
(ficou em primeiro lugar nas paradas britânica e estadunidense), conta com Rod
cantando muito e procedendo a mistura perfeita entre suas melhores composições
com covers realmente matadoras. Nem devo escrever muito, apenas recomendo: OUÇAMAGORA! O destaque é simplesmente o álbum todo. (Ok, vale apenas um
comentariozinho: a versão para “(I Know) I'm Losing You”, composição de Norman
Whitfield, Eddie Holland e Cornelius Grant, gravada originalmente pelos
Tempations, é algo realmente incrível!! A faixa figurava no repertório do Faces
e foi gravada pela formação toda da banda)
“Never a
Dull Moment” seguiu os passos do álbum anterior e no vácuo de “Every
Picture...” conseguiu atingir momentaneamente o primeiro posto na parada britânica.
O disco tem uma pegada mais blues rock, entretanto apresenta influências do country
e também paga tributo ao soul. Os destaques ficam por conta das faixas: “True
Blue” (parceria do Rod com o Ron Wood, em que a guitarra do último conversa
lindamente com o piano tocado pelo Ian McLagan) e as versões para “Angel” (do
Jimi Hendrix) e “I’d Rather Go Blind” (Billy Foster e Ellington Jordon e que
era comumente tocada pelos Faces).
Por fim, “Smiler”
marcou o encerramento da parceria com a Mercury Records e trouxe a mesma forma
adotada anteriormente e, ainda que haja bons momentos, o disco está um pouco
abaixo dos registros anteriores. As faixas que eu recomendaria são: “Sweet
Little Rock’n’Roller (música de Chuck Berry sendo cantada com aquela voz
rasgada do Rod não tem erro, não é?) “Farewell”
(composta por Rod e Martin Quittenton e que poderia ser uma prima dos hits “Maggie
May” e “Mandolin Wild”) e o dueto com o Elton John na rock and roll “Let Me Be
Your Car”.